quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dado Villa-Lobos: legionário tricolor

Rock e futebol sempre foram minhas duas grandes paixões, e foi uma surpresa muito agradável ver que meu ídolo Dado Villa-Lobos também é, como eu, um torcedor do tricolor carioca, o Fluminense!

Vejam a matéria do globoesporte.com com o legionário, em 13/09/2011.

Meu Jogo Inesquecível: tricolor Dado Villa-Lobos vê gol de 'escudo' no Fla



 'O gol do Renato não foi de barriga', diz músico, ex-Legião Urbana, que ainda vibra ao recordar título carioca sobre o Fla em 95 na vitória por 3 a 2

A música “Será”, da extinta banda Legião Urbana, foi lançada em 1984, mas não seria de se estranhar se os versos de seu refrão tivessem sido elaborados 11 anos depois. Na decisão do Campeonato Carioca de 1995, Dado Villa-Lobos, um dos compositores da canção ao lado do também tricolor Renato Russo e de Marcelo Bonfá, estava no Maracanã torcendo pelo Fluminense, que sonhava conquistar o título e frustrar os planos do rival Flamengo no ano de seu centenário. E um gol de barriga de Renato Gaúcho, assinalado a três minutos do fim, fechou o placar em 3 a 2 e deu a taça ao Tricolor, sanando qualquer dúvida existente na letra do músico: “Será que vamos conseguir vencer?”
- Eu estava atrás do gol, à esquerda das cabines de rádio, e lembro de cada segundo. O time jogando bem, dominando a partida debaixo de um temporal, mas o empate era deles, e a torcida (rubro-negra) começou a gritar “é campeão”. Eu já estava sentado na cadeira quando olhei a jogada do Ailton pela direita. Ele chega, dá um come seco no Charles Guerreiro, cruza e sai o gol. Numa fração de segundo, tudo ficou em silêncio, não se ouvia nada. Eu vi a rede balançando e o Renato (Gaúcho) saindo correndo. Falei: “Não acredito.” Demorou um certo tempo até cair a ficha. É campeão. Adeus Flamengo no ano do “cem ter nada” - relembra Dado, com direito a cutucada no rival.
Naquele domingo, o Flamengo, com Sávio e Romário, jogava pelo empate para conquistar o campeonato, mas foi o Fluminense, de Renato Gaúcho, Ailton e Djair, que comemorou. Com gols de Renato Gaúcho, aos 30 minutos, e Leonardo, aos 42, o Tricolor saiu com boa vantagem para o intervalo. O time da Gávea só conseguiu reagir e diminuir o marcador com Romário, aos 26 do segundo tempo. Seis minutos depois, uma finalização de Fabinho deixou tudo igual no Maracanã. Só que, enquanto a torcida rubro-negra comemorava o título, um chute cruzado de Ailton, que não tinha a direção do gol, aos 42 minutos de jogo, desviou em Renato Gaúcho e entrou.
O gol, que deu a taça ao Fluminense, para muitos foi de barriga, para outros foi de peito, para o árbitro nem foi de Renato Gaúcho, mas sim de Ailton, como relatou na súmula... Mas Dado deu uma nova interpretação ao lance.
- O gol não foi de barriga, foi de escudo. Se você perceber, ele (Renato Gaúcho) faz o movimento, a bola pega no escudo (da camisa) e entra.
Torcedor tipo importação
Filho de brasileiro, Dado nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1965, e desde cedo despertou em si duas paixões: a música e o futebol, sendo a segunda mais especificamente a partir da Copa do Mundo de 1970, quando ganhou admiração pelo Fluminense através do goleiro Félix, da Seleção, que era jogador do clube.
E antes mesmo de vir em definitivo para o Brasil, o músico pôde conhecer de perto o Tricolor das Laranjeiras e o seu ídolo da infância, Rivelino. Em julho de 1976, enquanto residia na França, o time carioca excursionou pelo país e disputou, em Paris, um amistoso contra o Paris Saint-Germain, que terminou empatado em 1 a 1.
- Meu pai não gostava de futebol, mas tenho um irmão mais velho que gostava, e o Fluminense era o time da época. Eu estava em Paris e vi o Rivelino jogar contra o Paris Saint-Germain. Ele acabou saindo machucado da partida e passou do meu lado na maca. Foi o meu primeiro jogo do Fluminense no estádio - recordou o músico, que na época chegou a torcer para o Saint-Étienne, da França.
Linha tênue entre música e futebol
Aos 14 anos, Dado desembarcou no Brasil com o objetivo de seguir a mesma profissão do pai: diplomata. Mas, em 1983, um convite para ser guitarrista da banda Legião Urbana o fez mudar os planos. Passando a se dedicar à carreira musical, sem deixar a paixão pelo futebol de lado, ele se mostrou surpreso com as coincidências envolvendo o sucesso do grupo e as campanhas do Fluminense.
No período de 1983 a 1985, anos da última formação da banda e do lançamento do primeiro disco, o Tricolor foi tricampeão estadual. Além disso, em 1984, conquistou o título do Campeonato Brasileiro. Porém, a fórmula foi invertida: em 1996, ano em que morreu o vocalista Renato Russo e houve o fim do Legião Urbana, a equipe das Laranjeiras começou a viver sua pior fase em 94 anos de história.
- Foi um dos piores anos da minha vida, talvez o pior. O Renato se foi em outubro, o Fluminense caiu para a segunda divisão (terminou em penúltimo lugar e só não foi rebaixado por intervenção da CBF. Porém, no ano seguinte, o time voltou a ficar em penúltimo, teve de disputar a Série B em 1998 e a Série C em 1999). Dali para frente foi lamentável, para apagar. Mas agora estamos em 2011 - afirmou Dado.

Colecionador de camisas
Há 25 anos vivendo no Rio de Janeiro, o músico se tornou um torcedor ilustre do Fluminense e já foi até homenageado pelo clube com uma camisa personalizada. E, quase sem querer, adquiriu o hobby de colecionar camisas do Tricolor.
- A primeira que comprei quando cheguei ao Rio era aquela (com patrocínio) da Penalty e da Coca-Cola. Eu ganho muitas camisas, então tenho algumas. Devo ter umas dez. Imagina, tenho até uma assinada por aquele time campeão da Série C (risos).

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2011/09/meu-jogo-inesquecivel-tricolor-dado-villa-lobos-ve-gol-de-escudo-no-fla.html

domingo, 30 de junho de 2013

Renato Russo Sinfônico? Que decepção!




Ontem (29/06/2013), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, aconteceu um dos tributos mais decepcionantes a que assisti até hoje: RENATO RUSSO SINFÔNICO. Sejamos sinceros: Dado, Bonfá e Wagner Moura foram muito melhores que isso! E a família meteu o pau na época! Aquele teve alma, emoção, e tinha quem mais entende de Legião: Dado e Bonfá! Agora, este tributo... Péssimas participações, salvo raríssimas exceções. Cantores sem nenhuma afinidade com a obra. O que percebemos de positivo é ver como o Renato é insubstituível. Ninguém consegue superá-lo, ele era único. Percebemos claramente que aquelas canções são difíceis de cantar, só o Renato poderia interpretá-las, por isso Dado e Bonfá sabiamente encerraram as atividades da banda em 1996.
A parte instrumental, principalmente a orquestra, o violino de Anne Marie ("Por enquanto"/"Quando o sol bater na janela do teu quarto") e banjo de Hamilton de Holanda ("Índios") foram perfeitos. Mas os convidados que cantaram... Livro a cara do André Gonzales, Lobão (nem cantou bem "Perfeição", fez a última parte com voz empostada, mas é o Lobão, da geração 80, ele pode), a Ellen Oléria (mandou bem "O Teatro do Vampiros", embora sempre queira gritar mais que o necessário, como fez no final da canção), Alexandre Carlo (fez o feijão com arroz em "Faroeste Caboclo" e ganhou a plateia). O holograma de Renato, ao cantar "Há Tempos", emocionou a muitos, como se viesse e voltasse por meio de uma força divina. A intenção foi boa, embora ele tenha ficado muito azul, imperfeito. (Na verdade, sempre achei essa ideia meio fantasmagórica.) Vejam o holograma do 2Pac e vejam a diferença.
Valeu a presença do Negrete, sempre esquecido, que ainda segura bem o baixo, mesmo com algumas sequelas irreversíveis, o que pode ser percebido quando ele fala ou quando tentou cantar "Que País é Este". Sandra de Sá ressurgiu das cinzas, errou a letra (na verdade, todo mundo errou a letra. Eles ensaiaram?) e ficou gritando o tempo todo, achando que isso é atitude roqueira. Jerry Adriani foi o gande 'mico' da noite: desafinado, querendo imitar alguns trejeitos do Renato, errando a letra ("Lembra o sol dessa manhã tão cinza"? O quê?) Causou vergonha alheia. É para esquecer. A ideia de juntar mãe e filha apra cantar "Pais e filhos" foi boa, mas o resultado... Zizi Possi e Luiz Possi totalmente fora de sintonia... Jorge Du Peixe, sem condições de cantar "Soldados".
Fernanda Takai (gosto dela, o Renato também a adorava, assim como adorava a sua banda, Pato Fu)não conseguiu cantar "Giz"; Ivete Santago em tributo ao Renato é um grande desrespeito aos fãs e à memória do poeta. Zélia Duncan não empolgou.
Sinceramente, uma noite para se esquecer. Decepcionante. Ainda mais num local onde a Legião nunca mais tocaria se estivesse na ativa.
Por favor, esqueçam essa coisa de tributos, homenagens, pois cada vez fica pior, caricato, desrespeitoso com a banda e com os fãs. A melhor homenagem? Os álbuns da Legião que continuam sendo vendidos até hoje. O grande legado são as canções que sobrevivem ao tempo, são atemporais e estarão sempre na memória, nas bocas e nos corações de várias gerações.

Para quem perdeu o show, que foi transmitido pela Multishow (que tentou transmitir ao vivo, mas, devido a falhas técnicas, acabou reprisando logo a seguir) pode conferir na íntegra:

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Paulo Ricardo x Renato Russo: Homens de Letras e Coincidências


Paulo Ricardo x Renato Russo: Homens de Letras e Coincidências
(Tom Leão - Bizz Abril de 86)

Um refrigerado restaurante em uma fornalha de tarde carioca. Este o local do crime, onde Tom Leão conseguiu reunir os vocalistas da Legião Urbana e do RPM, e também dois dos melhores letristas do rock brasileiro. Não foi preciso mais que uma pergunta para disparar o fogo cruzado.

Bizz - O que vocês faziam antes de suas respectivas bandas?

Renato - Eu dava aulas de inglês por dinheiro, mas adorava. Depois que terminar as coisas que estou fazendo, pretendo voltar a dar aula. Eu tentava ser para os alunos um mentor, alguém em que eles pudessem confiar, o que falta muito hoje em dia. Se eu não tivesse tido professores legais, talvez hoje estivesse trabalhando no Banco do Brasil.

Paulo - Eu era crítico de música por trabalho, para ganhar dinheiro e sair de casa. Com 18 anos, saí e formei uma banda, na qual já tinha o Schiavon. Comecei no Canja e passei para a Somtrês, mas em 83 já tava de saco cheio de escrever. Então um dia simplesmente deixei de entregar as matérias.

Renato- O que você ouve atualmente?

Paulo - James Brown e Marvin Gaye. Comprei todos do Hendrix, Cult...

Renato - Você gosta de ler?

Paulo - Sim, mas tenho problema com textos longos, tipo Ulisses. Acho que deveria ler mais os clássicos.

Renato - Como você compõem? Paulo - Normalmente coloco a letra em cima da melodia... Renato - Antigamente eu escrevia as letras antes, e depois ia encaixando nas músicas. Atualmente já penso mais como é que vai ficar a letra na música e tento fazer junto. Qual a que você mais gostou de compor?

Paulo - "Revoluções Por Minuto". Foi a que me deu mais trabalho. Fiz umas cinco versões...

Renato - A que eu mais gosto é "A Cruz e a Espada". Você é quem compõem todas?

Paulo - Neste disco calhou de a maioria das músicas serem minhas. Mas existem algumas todas minhas e outras que o Schiavon fez a música e eu meti as letras...

Renato - E tua formação musical qual é?

Paulo - Minha primeira referência é a Jovem Guarda. Desde garotinho adorava contar as músicas, sabia todas as do Roberto Carlos da época Em Ritmo De Aventura. Na época, inclusive, eu fui manequim infantil, mas parei com oito anos porque comecei a achar coisa de veado...

Renato - Eu não gostava de Jovem Guarda, de xerox, de coisa cantada em português. Com cinco aninhos eu já ouvia Beatles...

Paulo - Eu adoro Beatles, mas com doze anos eu ainda ouvia muita trilha de novela, muito Elton John, Jackson Five, Stevie Wonder... Sempre fui apaixonado por música negra. Eu sou carioca, até 72 morei no Rio, depois Florianópolis, mas Beatles só foi pintar pra mim em Brasília...

Renato - Você morou em Brasília?

Paulo - Três anos... Renato - Ih, é? Quando?

Paulo - 74-76.  Renato - Onde? Paulo - Na 209 sul.

Renato - Você gostava de Brasília?

Paulo - Eu odiava. Porque eu saí do Rio, aí fui morar em Florianópolis, maior paraíso, vida de moleque de rua, praia, mil gatinhas... Foi um horror. Tinha 12, 13 anos, era uma época de ajustamento social. Eu não gostava daqueles guetos, aqui só para filhos de militares, todo mundo é filho de alguém, não se misturam, não trocam idéias. Tinha acabado de sair do paraíso para o planalto central. Eu não acreditava. Sentia o ar seco. Não gostava da divisão, eixão, eixinho, todos os prédios iguais... Era uma cidade muito boa para velho ou criança. Era calmo, muito playground.

Renato - É gozado, pois a gente pegou isso e começou a trabalhar justamente em cima disso. Anarquizar mesmo. Você foi numa idade foda. Com 16, 17 você barbariza. As turmas são jóias.

Paulo - E eu ainda usava óculos, os garotos maiores implicavam comigo.

Renato - Eu morei dois em Nova York, entre 67 e 69, com Monkess e Jimi Hendrix fazendo shows do lado e eu nem sabia. Então, quando fui para Brasília (Renato também é carioca), cheguei sabendo de tudo e aqui não tinha nada. Tinha esquecido como era o Brasil, como era feio esse lugar. Lá eu tinha tudo, TV a cores (aqui só chegou em 72). Aqui meu pai ligava o rádio e vinha aquela coisa horrorosa (cantarola "O Guarani", abertura da Voz do Brasil), eu morria de medo. Eu não sabia o que tava rolando na época (70), mas sentia alguma coisa errada. Parecia sempre que tinha morrido alguém. Mas me adaptei. Andava meio deslocado, usava óculos, e minha arma quando os caras vinham querendo dar porrada era contar histórias sobre como era a Disneylândia. Pra qualquer festinha sempre me chamavam pra discotecário, pois eu tinha todos os discos, até os de novela...

Paulo - Ainda tinha o problema das meninas que eram inatingíveis, sempre propriedade dos caras mais fortes. Eu tinha um pouco de complexo de inferioridade, não era bom em nenhum esporte, detestava futebol. Eu só gostava de bicicleta, às vezes ia pedalando até o aeroporto...

Renato - Que é longe pacas. Ao invés de jogar futebol eu ia ao cinema ou ficava ouvindo discos em casa. Depois que ganhei a fama de roqueiro, passaram a me achar maior perigo, tipo assim, aquele ali é maconheiro.

Paulo - Era gozado, pois, se você era diferente, era esquisito ou roqueiro.

Renato - Nessa época eu ouvia muito Pink Floyd, Genesis, James Taylor. O lance com menina rolava mais por causa de música, não era bem um namoro e ao mesmo tempo era. Mas eu era mesmo fã dos Beatles. Quando eles acabaram eu queria morrer. Eu era fã mesmo, achava que era o maior fã do mundo...

Paulo - Depois dos Beatles minha maior influência foi o Genesis, com Peter Gabriel, e depois o Led Zeppelin, mais lá pros 15 anos.

Renato - Para mim, depois dos Beatles, vinha Emerson, Lake & Palmer. Depois que acabaram todas as grandes bandas, eu desisti. Aí descobri o Dylan e desencavei todos os seus discos e passei a ouvir muito folk, Byrds, até chegar o punk. Oba! Descobri uma razão para viver. Aí vieram Siouxsie & The Banshees, The Cure, P.I.L. Pintou o Aborto Elétrico (primeira banda punk de Brasília). Imagina você ter um conjunto chamado Aborto Elétrico, numa época em que você não podia ter nem conjunto. Uma vez perguntaram ao Fê, que hoje é baterista do Capital Inicial, se ele era contra ou a favor do aborto elétrico, como se fosse algum anticoncepcional a laser. (Risos)

Paulo - Eu não fui afetado pelo punk, pois era um puta perfeccionista. Na época eu delirei muito com o primeiro disco do Beto Guedes.

Renato - A gente precisa tomar cuidado com esses aí, que eles vivem pegando idéias da gente. Eu ia gravar "London, London" também... A gente tinha uma música chamada chamada "Revoluções por Minuto"...

Paulo - Foi sem querer.

Renato - É super, né? Supercoincidência. (E por coincidência também, pintam no som ambiente, em seqüência, "A Cruz e a Espada", do RPM, e "Soldados", da Legião).

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Lembranças e histórias" agora está no Facebook!

Amigos legionários, criei uma página deste blog no Facebook! Acessem e ajudem a divulgá-lo! Comentem e, se tiverem material sobre a Legião Urbana, postem lá!

https://www.facebook.com/LegiaoUrbanaLembrancasEHistorias

Força sempre!


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Página oficial da Legião no Facebook.

Estou na correria, quase não tenho tempo para nada (fim de ano letivo é sempre assim, pois trabalho em três escolas). Mas pretendo atualizar meu blog em breve. Para o pessoal do Facebook, vale a pena curtir a página oficial da Legião Urbana: https://www.facebook.com/Legiaourbanaemi?fref=ts

Força sempre!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

GRANDES BANDAS PARA SE OUVIR NO DIA MUNDIAL DO ROCK (13/07/2012)



Legião Urbana


Minha banda de rock número um (todos temos a nossa banda preferida). Considerada a maior banda de rock de todos os tempos no Brasil, nasceu em 1982 em Brasília e até hoje conquista fãs em todo o país. Seu líder, Renato Russo (27/03/1960 – 11/10/1996), é o grande letrista de sua geração: poeta, contestador, romântico, terno, agressivo, encarnou a figura do rock star em um país carente de ídolos. Dado Villa-Lobos (guitarras) e Marcelo Bonfá (bateria) completam a banda, que teve ainda a presença de Renato Rocha (Negrete, baixo) nos três primeiros álbuns. A banda tem influências diversas (rock/pop/folk/punk/pós-punk), principalmente de bandas como Ramones, Sex Pistols, Joy Division, Beatles, Bob Dylan entre outras.








The Smiths


A grande banda inglesa dos anos 80, durou apenas 5 anos e até hoje é cultuada pelos serviços prestados ao rock, pelo seu som pós-punk com as letras confessionais de Morrissey (lenda viva do Rock), ora atormentadas ora sarcásticas, e as guitarras marcantes, simples e harmônicas de Johnny Marr. A banda é até hoje uma referência no cenário britânico.







The Cure

Liderada pelo vocalista Robert Smiths, o som da banda pós-punk enveredou pelo que chamamos de rock gótico, com letras muitas vezes depressivas, climáticas e instrumental denso.








Radiohead


A maior banda inglesa da atualidade, nascida nos anos 90, mistura de brit rock, pós-punk e experimentalismos e barulhos eletrônicos diversos, com destaque para o vocalista e letrista Thom Yorke, imagem do rockeiro atormentado. “Ok Computer” aparece em qualquer lista dos maiores discos de rock de todos os tempos. Este álbum colocou a banda no 1º escalão do rock.








U2


Amem ou odeiem, essa banda irlandesa é um dos grandes nomes do rock no mundo, tendo à frente o vocalista Bono Vox e as guitarras excelentes de The Edge. Uma lenda viva do rock.






Ramones


Punk em estado bruto: som seco, sem firulas, sem solos, poucos acordes, músicas com 2 ou 3 minutos e muita energia. Impossível não se empolgar! One, two, trhee, four!...












Joy Division



Uma das melhores coisas surgidas no pós-punk da Inglaterra, possui letras poéticas, vocais graves de Ian Curtis, que se enforcou no auge da banda aos 22 anos para se virar mais uma lenda do rock que teve vida curta e intensa. Destaque para sua dança epiléptica (ele realmente era epiléptico) e saus letras. O som tem a força do punk, sem abrir mão de lirismo e algumas experimentações eletrônicas. Bateria quase militar, baixo hipnico, guitarras simples e potentes, muito influenciou a Legião Urbana no início de carreira. Vale a pena baixar o filme “Control”, sobre a banda e sobre a vida de Curtis.






Coldplay


Muitos adoram falar mal dessa banda, mas sem dúvida é uma das melhores bandas inglesas da atualidade, com seu rock pop que criou diversos hinos para o mundo pop.





Belle & Sebastian


O apogeu do “rock fofinho”: melodias deliciosas, simplicidade, técnica e bom gosto, influências dos anos 60 com Smiths, mostra que o rock não precisa ter cara de mau. Poucas pessoas conhecem essa banda escocesa, e eu adoro ser um dos poucos que curtem (é como uma pérola encontrada que você não faz questão de mostrar para todo mundo: basta você conhecer e gostar).






The Cranberries


A melhor banda com vocais femininos, Dolores é uma das melhores vocalistas do mundo rockeiro. Muita baladas, rocks básicos, muitos sentimentos nas letras, muita beleza e simplicidade nas composições deste quarteto oriundo da Irlanda.








R.E.M
Banda norte-americana, começou como uma garage band e virou uma banda gigantesca a partir do álbum “Out of Time”, graças ao hit “Loosing My Religion”.





Metallica


Maior banda de metal do universo, é como vinho: quanto mais velho, melhor. Começaram com o trhash metal (veloz e agressivo), e incluíram heavy metal, hard rock, hardcore e até baladas ao longo da carreira. Uma banda que soube reinventar-se e manter-se no topo do metal.





Nirvana

Precisa falar muito? A maior banda grunge surgida nos anos 90, vinda de Seattle, Estados unidos. Kurt Cobain, vocalista, letrista e guitarrista, deu um fim à banda com um tiro na própria cabeça, entrando no hall dos rockeiros talentosos que morreram com 27 anos. O som da banda? Um petardo: grunge, punk, sem deixar de ser pop. Agressivo, terno, pesado, delicado. Cobain gênio.






Smashing Pumpkins

Banda de rock alternativo norte-americana formada em Chicago em 1987. Seu som passa por diversas vertentes do rock: metal, grunge, progressivo, experimentalismos eletrônicos e um pouco de punk. Letras angustiadas, tem à frente o líder e idealizador Billy Corgan.






Sex Pistols


Causou escândalo nos anos 70, com uma postura anárquica e falando mal da realeza britânica. O vocalista Johnny Rotten é a personificação do punk rock. A banda levou ao extremo o lema punk DO IT YOURSELF (faça você mesmo), em que a energia e o vigor valem mais que a técnica. Se não houvesse existido os Sex Pistols, muitas bandas hoje não existiram, pois foram diretamente influenciadas por eles.






segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dez motivos para você gostar do show-tributo à Legião Urbana com Dado, Bonfá e Wagner Moura


Todo mundo sabe: odeio tributos à Legião Urbana. Sou muito chato em relação a isso. Cheguei a postar sobre isso certa vez aqui no blog.
Sempre são caça-níqueis e mancham a obra da Legião Urbana com versões abomináveis.
Então você espera que eu vá meter o pau no tributo à Legião Urbana com a presença dos eternos legionários Dado e Bonfá e do ator Wagner Moura que a MTV transmitiu ao vivo em São Paulo nos dias 29 e 30 de maio, certo?
Não mesmo.
Explico os motivos:

1. A família do Renato Russo sempre autoriza cds e tributos à Legião e ao Renato, como o show tributo que virou cd e dvd "Uma celebração". Ver Chorão, Forfun, Leela, Dinho e tantos outros interpretando as canções eternas da Legião não dá para engolir.

2. Não dá para entender a resistência da família em autorizar esse tributo e restringir músicas e mesmo o nome da banda. Não poderia ser Legião Urbana & Wagner Moura? Afinal, os Legionários Dado e Bonfá são a Legião (pelo menos 2/3 dela). Se alguém pode usar aquelas canções com autoridade, como bem entender, são eles! Sei que eles nunca irão desrespeitar uma obra que eles ajudaram a construir com o Renato.

3. Há milhares de bandas covers por aí, e 101% delas querem imitar o Renato, a sua dança, o seu jeito de falar, cantar... Banda cover é chato demais e não tem personalidade nenhuma. Ver Dado e Bonfá tocando e cantando Legião é uma honra para qualquer fã.


4. Dado e Bonfá são lendas vivas do rock nacional! Quem discorda? Ao lado deles, podemos contar nos dedos as outras lendas: Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone, Arnaldo Antunes, Lobão, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Frejat...

5. Por isso, quer coisa melhor do que Dado e Bonfá executando canções que eles ajudaram a criar com o Renato? Além disso, talvez essa tenha sido a última vez que Dado e Bonfá cantaram e tocaram as canções legionárias. Foi, portanto, um momento histórico!

6. Digam o que disserem do Dado e Bonfá, mas eles mandam muito bem ao vivo!!! Tocam, cantam e nos fazem ter certeza: ali está a Legião Urbana!

7. Não havia aquele ar melodramático comum nos shows-tributos à Legião. Era uma celebração não apenas à memória do Renato, mas sim a toda a banda e às suas canções maravilhosas.


8. Wagner Moura desafinou? Sim, com certeza (mas até muitos cantores profissionais desafinam, e muito!). Mas agradou? Sim, com certeza! Mostrou humildade, respeito, afinidade com as canções, alegria por estar no palco com seus grandes ídolos (quem nunca teve esse sonho?), mostrou um carisma incrível (jamais vi tamanho carisma em outros tributos), pulou, dançou, enfim, estava muito feliz por viver aquele momento. E o mais importante: em momento algum quis ser Renato Russo.

9. O público estava em perfeita sintonia com o show, cantava todas as canções em uníssono. Com certeza, Wagner Moura não se ouvia com toda aquela gritaria, e mesmo assim não se intimidou.

10. É emocionante a reverência que os fãs fazem à Legião Urbana até hoje, diante das figuras de Dado e Bonfá. Um público que não aceita o que a mídia empurra (como o intragável forró universitário, por exemplo) e canta canções atemporais, que marcaram uma geração inteira e continuam marcando gerações que não conheceram a Legião na estrada (alguns nem sequer eram nascidos nessa época). Isso mostra a força dessas canções, mesmo que muitas não tenham refrãos e nem letras grudentas e de fácil assimilação. Popularidade, simplicidade e inteligência nas letras e nas composições são ingredientes que dão certo e podem estar associados. URBANA LEGIO OMNIA VINCIT.

Concorda com a minha crítica? Discorda? Faça o seu comentário! Mas antes, se não viu, veja a íntegra do segundo dia do show.

MTV Ao Vivo - Tributo à Legião Urbana - 30/05/12 (HD)


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lançamento do meu livro de poemas, DEVANEIOS


Quem quiser adquirir a obra, segue o link: http://loja.livrariadapaco.com.br/literatura-1/poesia/devaneios.html

Aviso aos legionários

Caros amigos legionários;

O meu blog está desatualizado por conta do meu trabalho como professor em vários lugares, e o tempo me tem sido escasso. Mas semana que vem farei o possível para continuar postando coisas novas sobre a nossa LEGIÃO URBANA. 

FORÇA SEMPRE!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Livros legionários

Tenho alguns livros sobre a Legião Urbana que valem a pena ler.

Conversações com Renato Russo.

Compilação de várias entrevistas do Renato e da Legião publicados em vários jornais e revistas, durante 1985 e 1996, em que Renato fala sobre diversos assuntos. Quando comprei esse livro, acho que o devorei em um dia.


Renato Russo de A a Z - As ideias do líder da Legião Urbana (Coord.: Simone Assad)

A proposta desse livro é bem interessante: trata-se de centenas de palavras em ordem alfabética, em que Renato dá sua opinião sobre determinado assunto, como amizade, amor, drogas, família, governo, rock e por aí vai. é interessante ver o que Renato pensava sobre diversos assuntos, desde os mais simples aos mais polêmicos. Até hoje eu o leio de forma aleatória ou mesmo escolhendo algum tema específico.
Alguns comentários de Renato Russo presentes no livro:

O Brasil é um país que não é uma nação, onde a vítima é ré, e não se respeita mulher, negro e homossexual. (1987)
Não sou louco, sou alcoólatra. É diferente. Não vou ter vergonha de ter cabelo preto, de ser canhoto. Sou uma pessoa pública, não acho que deva mentir para as pessoas. (1995) 
O Descobrimento do Brasil é um disco sobre perda. Mas são poucas as pessoas que percebem isso, por causa do jeito que as músicas estão estruturadas. Todas as músicas são músicas de despedida. (1993)
Não dá para acreditar na grande mídia, e têm pessoas completamente servis, que acreditam em tudo o que lêem. (1996)
Um dos meus planos é — quando eu estiver com uns 40, 50 anos — escrever ficção. Eu tenho a minha vida toda planejada. (1986)


Renato Russo, O Trovador Solitário (Arthur Dapieve)

Biografia autorizada pela família, mostra o talento de Renato desde a infância, a doença que teve aos 15 anos, a descoberta do punk em Brasília, a turma da Colina, o Aborto Elétrico, a Legião Urbana, o sucesso, o processo de gravação de cada disco, algumas curiosidades e o fim da história. Embora fale sobre o alccolismo, Dapieve evitou entrar em temas mais polêmicos da vida do poeta. Vale a pena ler, principalmente aqueles que querem conhecer mais sobre a banda e sobre Renato Russo.

Na próxima postagem, falarei sobre mais dois livros que tenho sobre Renato & Legião.